Se você está inserido direta ou indiretamente no ecossistema do comércio exterior, precisa saber o que é a tokenização de blockchain e como isso influenciará em seus negócios, bem como os prós e contras desta tecnologia para o comércio internacional.

O blockchain, por si, já é uma tecnologia inovadora e sem precedentes. Mas isso não significa que, após criado, não obteve novos conceitos agregados ao seu processo. Surge, então, a tokenização que, de forma simplificada pode ser definida como uma parte intrínseca do blockchain e tem por finalidade a identificação e acessibilidade à plataforma.

Em outras palavras, como o blockchain é alimentada por tokens – que, por vezes, são denominados como ‘moedas’. As criptomoedas como o Bitcoin, Litecoin,  Etherum e Dash, por exemplo, são tokens que funcionam no blockchain.

O que determina o valor do token e, até mesmo, o preço de mercado de um produto de blockchain é a demanda por este. Há uma vasta variedade de produtos do blockchain, que propõem soluções para diversos problemas, sendo que boa parte ainda está em desenvolvimento.

A tokenização e o gerenciamento de dados oferecidos pelo blockchain, além de sua transparência, chamam a atenção do mercado de comércio exterior e stakeholders, como agentes alfandegários e órgãos reguladores.

Estes produtos oferecem as mais variadas soluções, abrangendo desde sistema de recompensas para criadores de conteúdos em redes sociais a tokenização de ativos como imóveis ou obras de arte de alto valor, tornando os vendáveis em frações de moeda digital.

Como as equipes de comércio exterior precisam manter relacionamentos confiáveis com fornecedores e reguladores, ainda há alguns contrapontos do blockchain que não atendem a todas as necessidades deste setor. Um exemplo é, pelo fato de seus registros serem imutáveis e irrefutáveis, a plataforma não exige relação de confiança entre as partes envolvidas.

Outro ponto é a exigência que o blockchain impõe com relação a atualizações sociais e políticas em prol da realização de seu potencial interino no comércio internacional, além de  requerer que as empresas inovem radicalmente em seus processos atuais e os governos compartilhem parte de seu poder atual.

A automação extrema de processos oferecida pelo blockchain quando aplicado no comércio exterior procura eliminar a necessidade de muitos fluxos de processos manuais e redundantes que até então eram fundamentais para a movimentação de materiais e mercadorias no comércio exterior ao mesmo tempo que mantenha a qualidade, segurança, agilidade e conformidade com as normas que regulam o setor.

Apesar da complexidade de utilização, das exigências da plataforma técnica do blockchain e de sua posição desafiar o status quo como as operações de comércio internacional  funcionam atualmente,  os governos já demonstram algum favorecimento  e grandes empresas estão testando a tecnologia.

O blockchain oferece inúmeras possibilidades para todos os mercados, possibilitando a otimização de processos relacionados ao comércio exterior ao eliminar etapas repetitivas, o que gera a redução de custos que acompanham negócios e operações internacionais.

As equipes de comércio internacional necessitam conhecer mais sobre o blockchain o quanto antes, levando em consideração o potencial dessa tecnologia para estarem devidamente preparadas para automatizar de forma significativa suas operações comerciais e alcançar competitividade no mercado.